
A Camisaria Colombo entrou com pedido de recuperação judicial na vara cível de Cuiabá, esta que é uma famosa rede de varejo focado nos trajes sociais e preços populares, fundada em 1917. A dívida da companhia totaliza R$1,89 bilhão.
O pedido de recuperação judicial da Camisaria Colombo ocorreu após um processo de recuperação extrajudicial que envolvia começar a quitar parcelas de dívidas com credores a partir de março, após três anos de carência. Segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, a Colombo deveria pagar apenas os juros da dívida, mas isso ocorreu parcialmente.
A consultoria X Infinity Invest, especialista em reestruturação financeira e gestão de processos de recuperação judicial e extrajudicial, e o escritório Nunes D’Alvia e Notari (NDN Advogados) estão assessorando a companhia no processo de recuperação judicial
“A recuperação extrajudicial não solucionou o problema de alavancagem da companhia, que só pode ser resolvido com um deságio considerável da dívida, que permitirá em seguida a atração de novo investidor para a empresa voltar a crescer”, diz Fábio de Aguiar, presidente da X Infinity Invest.
Durante a crise
A Camisaria Colombo, dos irmãos Álvaro e Paulo Jabur Maluf, passou por duas tentativas de parcerias, envolvendo vendas de participação.
Primeiramente, foi a Gávea Investimentos que adquiriu 49,9% da empresa em 2014, quando tinha entre seus acionistas um fundo de private equity e estava em expansão. A Colombo chegou a 434 lojas.
O Gávea terminou o acordo em 2015 revendendo as ações ao empresário Álvaro Jabur Maluf Júnior.
Atualmente, são 140, entre unidades próprias e franqueadas. Em 2014, a Colombo faturou R$ 721,5 milhões e, desde então, a receita caiu ano a ano. Em 2019, foi de R$ 107,1 milhões.